SEDE DE DEUS – CARDEAL D. EUSÉBIO OSCAR SCHEID (Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro)

SEDE DE DEUS

CARDEAL D. EUSÉBIO OSCAR SCHEID
Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro

Nosso mundo vive uma grande sede de Deus e uma sentida saudade de Deus. O ser humano buscou o encontro com o Absoluto, procurou a resposta definitiva para as perguntas primeiras e últimas de sua existência. A busca de sentido para seu passado, seu presente e seu futuro, caracteriza a história das pessoas e dos povos. A memória do passado, a consciência do presente e a esperança do futuro, faculdades humanas moldadas pela sede e pela saudade de Deus, revigoram continuamente as civilizações. O íntimo de cada cultura é assinalado pela busca de Deus. As religiões, que perpassam o tecido de todas as culturas, em suas entranhas mais profundas, definem, de certa maneira, o modo de ser e de agir das civilizações e sociedades, as escolhas e comportamentos das pessoas e grupos. Não se conhece, em toda a história da humanidade, algum povo que não tenha recorrido à dimensão religiosa para responder às questões mais intrigantes da existência humana: “Por que e para que vivemos, de onde viemos e para onde vamos?”
Também a civilização ocidental, por mais que se defina agnóstica ou atéia, é marcada pela sede de Deus. Um século depois de grandes filósofos e críticos da religião terem previsto seu fim, em favor do predomínio absoluto da razão, eis que vivemos o retorno do sagrado, ouvimos o ruflar de anjos. Vivemos numa época em que os deuses combatem entre si pela posse do coração humano. De um lado, o Deus único e verdadeiro das religiões monoteístas e das grandes religiões orientais que ajudam o ser humano a situar-se no mundo, a buscar a verdade, a empenhar-se pela paz e pela justiça. De outro, os deuses do mercado, os ídolos do ter, do poder e do prazer, o dinheiro –deus-ídolo por antonomásia, o anti-Deus (Lc 16,13) – a dividir o coração humano, a massacrar multidões de vítimas em seus altares sanguinários. Teria o dinheiro tanto prestígio, não fossem as vítimas a ele oferecidas, por ele exigidas, em mortes estúpidas, por acidentes de trânsito e de trabalho, por doenças crônicas, por guerras e atos terroristas?
De certa maneira, pode-se até dizer que nunca, como na passagem de século e milênio que vivemos, o ser humano esteve tão ansioso pelo encontro com Deus. Nunca foi tão intensa a sede de Deus. É o que estão a revelar o pluralismo religioso, o mercantilismo religioso, o fanatismo religioso, o fundamentalismo religioso de nossos dias. Essa insistência no adjetivo “religioso” faz sentido. No âmbito da Igreja Católica, surgem, de tanto em tanto, novos movimentos eclesiais, de caráter apostólico ou espiritual. No âmbito do cristianismo, criam-se, a cada dia, novas igrejas ou pequenos grupos, que se referem, alguns sem o mínimo de rigor, ao Evangelho de Jesus Cristo. Num contexto mais amplo, difundem-se expressões e fenômenos religiosos, ligados a uma ou outra das grandes religiões universais. A religião está, continuamente, presente na mídia, através de reportagens, de notícias de entrevistas. Busca-se relacionar, de modo certamente injusto, a religião com o terrorismo e com a guerra. A religião está no mercado: há muita gente ganhando dinheiro às custas dessa sede de Deus. Afinal, uma igreja-empresa carece de pouco investimento, tem retorno financeiro garantido, tem clientela fiel, sobretudo no meio juvenil e nas camadas populares.
Essa sede, porém, não é jamais saciada. A sede de Deus é, de fato, permanente. Diz o salmista: “De ti tem sede a minha alma” (Sl 63,2). Nunca o ser humano conseguirá, neste mundo, saciar sua sede do infinito, responder às perguntas últimas de sua existência. Aqui está o drama da vida humana: procurar, sem encontrar. Melhor seria dizer: procurar sempre, sem jamais se satisfazer com o que se encontra. Porque o mistério de Deus só se deixa encontrar e experimentar na forma de aperitivo, por meio de apalpadelas, de toques e sinais. Deus vem a nós pela mediação dos sacramentos – da criação, da história ou da Igreja -, os quais são sinais, que, ao mesmo tempo em que nos revelam o mistério de seu amor, também nos esconde a clareza de sua plenitude e, mais ainda, nos fascinam, nos atraem e nos provocam a continuar a procurá-lo. Como um diafragma que controla a quantidade da luz, enquanto permite ver o sol, assim são os sinais de Deus. Em nossa busca permanente de Deus, caminhamos nos albores da madrugada e não na manhã clara, tateamos, às apalpadelas, vivemos de esperança em esperança. Como nos declara o Vaticano II, “só no mistério do Verbo Encarnado se esclarece, verdadeiramente, o mistério do ser humano” (G.S., n° 22).
O problema da atual sede de Deus é que se pretende acabar com ela, quer-se saciá-la de modo definitivo. Busca-se, então, um Deus-objeto, um tapa-buracos, um quebra-galhos. Cria-se uma religião de resultados, que solucione todas as crises, cure todas as doenças, resolva todos os problemas. Uma religião-terapia e não uma religião-aliança. Em vez de relacionar-se com Deus, como um amigo íntimo, um companheiro fiel, um pai extremoso, faz-se dele objeto de uso. Busca-se um deus feito pelo homem, que esteja sempre à disposição do homem. Criado à imagem de Deus, o ser humano quer agora criar seu deus, à sua imagem, invertendo as relações. Pretende possuir o mistério, delimitá-lo em suas categorias limitadas e mesquinhas, comprá-lo com suas posses, prendê-lo em suas instituições, usá-lo em seu favor. Por isso, a atual sede de Deus torna-se angustiante.
Com a presunção de ser religiosa, a atual sede de Deus é falsa, porque não busca o Deus vivo. Ela esconde, na verdade, a máscara dos modismos fáceis, dos devocionismos baratos, das soluções apressadas. Foi essa a denúncia que fez Jesus de Nazaré: “Uma geração perversa e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas” (Mt 12,39). O sinal de Jonas revela-se no escândalo da “quenose”, no rebaixamento de Deus, na cruz. Enquanto se procura Deus no poder e na grandeza, ele se esconde e se encontra na simplicidade e nos pequenos atos de amor de cada dia. Enquanto se busca saciar a atual sede de Deus com mega-shows, vendas de produtos religiosos, estéreis elucubrações filosóficas e teológicas, ele se esconde e se encontra na celebração, na promoção e na defesa da vida, em gestos de solidariedade.
Como a sede, também a saudade de Deus sempre acompanhou a história da humanidade. Trata-se, porém, de uma saudade que não se volta somente para o passado. A História de Israel, de Jesus de Nazaré e das primeiras comunidades cristãs, mostra que Javé-Abbá é um Deus que cumpre, fielmente, as promessas feitas. Assim, de promessa em promessa, o povo e as pessoas vão aprendendo a se relacionar com Deus, no modo da aliança. Cada promessa cumprida torna-se motivo de nova esperança. Por isso, a verdadeira saudade, seja do povo judeu, seja dos cristãos, aponta, sobretudo, para o futuro. A memória do passado torna-se consciência do presente e esperança do futuro. A saudade torna-se esperança. Não é, pois, uma saudade nostálgica que faz chorar por coisas, lugares, situações e pessoas perdidas. É uma saudade que, como a sede, atrai, fascina e provoca a ir adiante, a buscar sempre mais. Na verdade, é uma saudade de quem se deixa encontrar por Deus. Afinal, é ele quem vem ao nosso encontro, agora e sempre.

VIA AMAI-VOS

MICHELLE GIELAN RECEBEU SEU MESTRADO EM PSICOLOGIA POSITIVA NA UNIVERSITY OF PENSYLVANNIA. MICHELLE ESCREVE PARA O MAGAZINE PSYCHOLOGY TODAY E DA PALESTRAS SOBRE PSICOLOGIA POSITIVA, PARA EMPRESAS, ESCOLAS ENTRE OUTRAS ENTIDADES ATRAVÉS DO PAIS. MICHELLE TRABALHOU PARA A CBS CORPORATION EM NEW YORK, COMO ÂNCORA DE DOIS PROGRAMAS NACIONAIS, UP TO THE MINUTE E CBS MORNING NEWS.

Michelle Gielan recebeu seu mestrado em Psicologia Positiva na University of Pensylvannia. Michelle escreve para o magazine Psychology Today e da palestras sobre Psicologia Positiva, para empresas, escolas entre outras entidades através do pais. Michelle trabalhou para a CBS Corporation em New York, como âncora de dois programas nacionais, Up to the Minute e CBS Morning News.

Barbara:
Primeiro gostaria de agradecer a sua contribuição ao meu blog. Obrigada pela sua generosidade e tempo. Espero que aqueles que visitam este site possam se beneficiar com as suas informações.
Michelle:
Estou muito contente de estar aqui.
Barbara:
Considero Psicologia Positiva uma área extremamente importante. Vamos começar com a definição de Psicologia Positiva. Você pode explicar esta área da psicologia?
Michelle:
Psicologia Positiva e um estudo cientifico da felicidade e do potencial do ser humano. Do ponto de vista cientifico, tópicos como esperança, otimismo, capacidade de recuperação quando lidando com problemas, emoções positivas, relacionamentos positivos, são pesquisados. Estudamos também como o ser humano cria condições positivas a sua volta para poder desenvolver seu potencial. Psicologia Positiva estuda o que esta indo bem com o individuo e tenta ampliar estas possibilidades.
Isto não significa que as outras áreas da psicologia não são importantes ou negativas. Esta e uma pergunta que as pessoas fazem freqüentemente. Mas durante anos, o tempo, a energia e o dinheiro foram investidos estudando o que estava indo de errado nas vidas das pessoas e como ajudá-las a voltar a funcionar normalmente.
Psicologia Positiva estuda o que esta indo bem na vida do individuo e como se pode fazer para aumentar estes sentimentos positivos. Esta área da psicologia e dedicada a pesquisa da felicidade. Se concentra em estudar aqueles indivíduos que são felizes e bem sucedidos na vida para entender como eles pensam. A meta e aplicar estes conceitos no resto da população.
Barbara:
Esta área da psicologia e relativamente nova, não e verdade?
Michelle:
Exatamente. Ha mais ou menos dez anos atrás, esta área de pesquisa foi iniciada pelo meu professor Martin Seligman, com que estudei na University of Pensilvannia. Este ramo da psicologia começou exatamente porque o tempo e a verba dedicadas as pesquisas de desordens psicológicas e como remediar o problema eram enormes.
Dr. Seligman, como presidente da Psychological Medical Association, chegou a conclusão que talvez fosse finalmente hora de mudar o objetivo das pesquisas. Em vez de concentrar estas pesquisas nos aspectos negativos, os cientistas decidiram concentrar nos aspectos positivos.
Barbara:
Como estou sempre estudando as áreas de psicologia e espiritualidade e sua semelhanças, gostaria de saber a sua opinião sobre o assunto.
Michelle:
Concordo que existem muitas semelhanças nestas duas áreas. As áreas de pesquisas que estamos estudando cientificamente nos oferece um entendimento mais profundo das áreas discutidas pela espiritualidade durante séculos.
Barbara:
O Um Curso em Milagres, opera em dois níveis. O psicológico e espiritual. As lições, tem o propósito de treinar a mente psicologicamente a pensar de uma maneira diferente. Você poderia explicar cientificamente, como as mudanças no cérebro ocorrem?
Michelle:
Certo. Outra área de pesquisa cientifica alem da Psicologia Positiva, chama-se neurociência. Esta área estuda as mudanças que ocorrem no cérebro, como ele pode ser treinado, como ele reage em certas circunstancias, como por exemplo, durante exercícios físicos. Este cientistas estão interessados nas mudanças que ocorrem no cérebro quando novas estratégias, intervenções são introduzidas. Como o cérebro responde e reage a novos estímulos. Existem outras maneiras de obter estes resultados.
Barbara:
Fale um pouco mais sobre o as pesquisas feitas nas áreas de Psicologia Positiva. Como Psicologia Positiva pode nos ajudar a obter felicidade.
Michelle:
Quando estamos felizes nos sorrimos. Quando estamos experienciando emoções positivas, felizes, o cérebro solta uma substância química neurotransmissora e estimuladora do sistema nervoso central chamada dopamina. Esta substancia faz o ser humano se sentir bem. Alem disto esta substancia ativa os centros de aprendizado dentro do cérebro. Quando estamos sobre a influencia desta substancia o cérebro performa de uma maneira muito mais produtiva. Por exemplo, se tivermos que fazer um exame na escola, um projeto no trabalho, estas funções serão feitas com muito mais facilidade do que se o cérebro estivesse num estado negativo ou neutro.
Barbara:
Vamos falar sobre o impacto que mensagens positivas ou negativas no cérebro.
Michelle:
A minha pesquisa tem sido sobre como o mundo externo afeta as pessoas e como o mundo interno, o dialogo interno afeta a nossa motivação. De que maneira vemos os desafios da vida? Como positivos ou como um ataque? Como um perigo as nossas vidas ou não? Como estas mensagens afetam a nossa maneira de agir e pensar.
O que descobri e que mensagens negativas, dependendo de como processamos internamente podem ter um impacto muito prejudicial no cérebro. Mensagens positivas tem um efeito oposto.
A razão desta reação e dependente dos recursos, da habilidade do cérebro de processar coisas diferentes ao mesmo tempo. O cérebro e como um computador. Existe um numero limitado de canais que podem ser dedicados a transmissão ao mesmo tempo. Assim acontece com o cérebro e sua habilidade de processar, resolver os problemas e agir.
Se estamos constantemente vendo as coisas a nossa volta, como um perigo, não estamos usando os recursos do cérebro para ver o problema como um desafio, uma oportunidade positiva a ser resolvido.
Barbara:
O que você esta dizendo e que os nossos medos tomam espaço no cérebro com problemas negativos não permitindo um espaço para sentimentos positivos e não abrindo espaço para a positividade, nos ficamos habituados a viver num mundo negativo.
Michelle:
Existem pesquisas fascinantes feitas por uma psicóloga chamada Barbara Frankinson. Uma destas pesquisas e sobre o efeito da negatividade no cérebro. Uma dos efeitos desta negatividade e a falta de visão e possibilidades. Para demonstrar esta teoria, Barbara Frankinson, mostra uma serie de retratos para um grupo de participantes da pesquisa. O que ela notou e que quando o participante olha para um retrato negativo, a sua reação física e diminuir o contato visual em relação ao seu ambiente. Apesar de outros retratos estarem a sua volta, a tendência e permanecer atraído pelo retrato. Sua atenção e localizada no centro do retrato.
Por outro lado quando retratos positivos, como por exemplo, cachorrinhos, crianças, cenas que inspiram alegria, são mostrados, os olhos fisicamente começam a olhar para o seu ambiente, alem da cena positiva do retrato transferindo sua atenção para o seu ambiente.
O que isto representa na vida real, e que quando estamos sobre a influencia positiva, sentimos mais otimistas, mais preparados para enfrentar a vida e seus desafios de uma maneira eficaz.
Barbara:
Como podemos usar este conhecimento para elevar a nossa possibilidade de sucesso na vida?
Michelle:
Quando eu dou palestras em escolas ou grandes empresas, (Fortune 500) meu conselho e geralmente mais ou menos o mesmo. Eu incentivo as pessoas a pensarem no cérebro como um músculo, que poderá ser treinado a ser mais positivo e otimista.
E uma questão de escolha, o que a pessoa quer para si, para a sua vida. E uma questão de perseverança. Para a pessoa que esta disposta e treinar a mente para reagir mais positivamente, eu recomendo o seguinte: procure três coisas que se sinta grata em sua vida durante o decorrer do dia, durante vinte um dias.
No fim do dia a pessoa deve sentar e pensar nas três coisas que e grata e porque. O porque e extremamente importante. A pessoa tem uma chance de analisar porque estas situações foram tão significantes para ela no decorrer do seu dia.
E temos visto, em estudos científicos, que escrevendo todos os dias três coisas que são importantes durante o seu dia, tem um impacto positivo dramático nas pessoas e seu nível de felicidade a longo prazo. Pessoas que se consideravam moderadamente deprimidos, em quatorze dias, se consideravam levemente deprimidos.
Barbara:
Você mencionou o super computador. Quais são os efeitos na mente sobre a influencia constante de mensagens negativas?
Michelle:
O resultado de estar exposto constantemente a mensagens negativas, seja através das pessoas, do nosso chefe, da televisão, radio, etc.. e o investimento do individuo em emoções negativas como o medo, aumenta.
Quando isto acontece o cérebro esta constantemente sendo ativado pelo medo. O que isto significa e que o nível de adrenalina no corpo aumenta, o stress aumenta e cortisol e encontrado no corpo.
Quando isto acontece, os recursos do cérebro são desviados para lidar com a crise do momento, diminuindo os recursos para outras coisas que precisam do cérebro para serem ativados.
Quando o corpo esta constantemente em estado de stress, tentando se equilibrar devido o alto nível de stress, ele não tem a habilidade de se dedicar a outras emoções. Não temos recursos para lidar com outras coisas que nos fariam felizes, elevando o nosso bem estar.
Barbara:
Você sugeriu escrever três coisas positivas durante vinte um dias,você poderia sugerir outra estratégia para expandir a positividade?
Outra estratégia que eu sugiro durante as minhas palestras, derivada da minha experiências como âncora e jornalista, e prestar atenção em qualquer situação, qual e a nossa estória, qual e a primeira coisa que dizemos a uma pessoa que acabamos de encontrar pela primeira vez. Ou mesmo uma amiga que não vemos por muito tempo.
O que acontece quando sentamos para almoçar com esta amiga que não vemos por uns meses? Como começamos a conversa, de uma maneira positiva ou negativa? Quando temos uma reunião com um grupo de funcionários sobre a nossa supervisão no trabalho, como começamos esta reunião? De uma maneira positiva ou negativa? Começamos a falar sobre os problemas imediatamente ou começamos a reunião elogiando os sucessos que o grupo teve no decorrer da semana passada?
Prestando atenção como nos comportamos, qual e o nosso (power lead) como começamos uma conversa, nos da uma idéia como estamos nos comportando perante o mundo.
Eu penso que o power lead sendo positivo, isto e, se começamos uma comunicação de uma maneira positiva, esta atitude tem o poder de afetar a todos, ate fisicamente.
Barbara:
Em outras palavras, você esta nos dizendo que existe uma escolha. Se queremos nos comportar positivamente ou não. Podemos escolher estar sempre reclamando sobre os problemas que temos, ou como nos relacionamos com os outros, ou podemos mudar este comportamento para um mais positivo.
Porem em certas ocasiões quando temos um problema especifico, queremos desabafar, compartilhar com uma outra pessoa. Qual seria o comportamento correto nesta situação?
Michelle:
As vezes a pessoa precisa de falar com alguém, uma amiga, sobre um problema. Se este e o seu power lead, naquele momento, tudo bem. O problema e quando a pessoa forma um habito de negatividade. Sempre reclamando, sempre vendo a parte negativa das situações. Não só esta atitude deprime as pessoas a sua volta, mas deprime a pessoa também.
Quando existe uma necessidade de compartilhar com alguém os seus problemas, quando a pessoa precisa de um conselho, este comportamento e aceitável. Quando se torna um habito, e um problema.
Barbara:
O que você quiser dizer quando você fala que a pessoa deve criar as suas próprias “noticias?”
A significância deste comportamento e muito importante. Por exemplo, a pessoa escolhe três coisas que aconteceram naquele dia que são acontecimentos positivos. Quando alguém perguntar como passou o seu dia, a pessoa focaliza nas coisas positivas. Claro que pode fazer uma lista de coisas negativas, mas e uma perda de tempo.
Barbara:
Fazendo isto o individuo afirma as coisas positivas na sua mente. Fazendo isto, a pessoa esta treinando o cérebro a pensar diferente.
Michelle:
Muitas vezes só precisamos de um acontecimento significante para que seja a “noticia” do dia. De uma maneira geral, esquecemos a maioria das coisas que fizemos naquele dia, com exceção de acontecimentos que consideramos significantes. Eles podem ser positivos ou negativos. A onde queremos colocar as nossas energias? Nos acontecimentos positivos ou negativos?
Quando escolhemos três coisas que somos gratos, nos estamos vivendo as experiências positivas novamente.
Barbara:
O que você chama de “investigação do otimismo?”(investigative optimism)
Esta experiência veio da época que estava trabalhando como repórter para uma televisão em Chicago. Fui investigar o falecimento de uma menina pequena, que tinha sido assassinada durante a sua festa de aniversario, dentro de sua casa causada por uma bala perdida. Esta área e muito pobre. Seria equivalente a uma favela no Brasil. A única diferença e que esta área faz parte do centro de Chicago e as pessoas moram em casas ou edifícios. O que me ocorreu naquele momento enquanto estava observando a casa onde a menina tinha falecido, e que poderia ver a mesma situação de diversas maneiras.
Eu poderia ver o que aconteceu como um assassinato em uma vizinhança que não tinha esperança de recuperação, que nunca iria melhorar, ou eu poderia ver como uma vizinhança cheia de pessoas que estavam tentando viver uma vida melhor, cheios de esperança e otimismo. Estavam celebrando a vida.
Esta experiência me forçou a pensar que existe um grande numero de realidades possíveis a todos momentos, e depende de nos o que queremos ver.
Barbara:
Eu concordo. Eu sei que e difícil quando estamos deprimidos pensar desta maneira, mas penso que temos uma escolha de como queremos pensar. Existem alguns exercícios para trazer positividade em sua vida, como por exemplo, escrevendo em um diário, entrando em contato com os seus pensamentos, escolhendo concentrar a mente em pensamentos positivos. Uma das coisas que me atrai ao Um Curso em Milagres, e que atrai muitos psicólogos e psiquiatras a estudar a sua filosofia e o treinamento da mente a pensar de uma maneira diferente. Não e um exercício intelectual. E um treinamento da mente. Não e um livro de auto ajudar que se pode ler e colocar de lado. As 365 lições contidas no livro, treinam a mente a pensar de uma maneira sadia. Treina a mente a ser autentica.
Muito obrigada pela entrevista. Obrigada pela informação. O propósito destes blogs e sempre chamar atenção que existem outras maneiras de pensar, outras alternativas de comportamento. Precisamos escolher qual e a estrada que queremos percorrer.
Michelle:
Obrigada por ter me convidado a participar do blog

VIA MILAGRES DA MENTE

PARA AQUELES COMPANHEIROS DE JORNADA GOSTARIA DE COMPARTILHAR O QUE DESCOBRI NOS ÚLTIMOS ANOS

Para aqueles companheiros de jornada, gostaria de compartilhar o que descobri nos últimos anos………
Como todos sabemos, uma jornada espiritual e uma viagem interna. Esta jornada pessoal começou ha muitos séculos atrás e provavelmente vai continuar por um tempo. Pessoalmente, acho esta jornada uma aventura. Adoro. Muitas vezes pode ser dolorosa, dar medo e acima de tudo requerer fe e perseverança. Mas no fim vale pena, porque a paz começa a substituir o caos interno.
Enquanto este processo vertical vai progredindo, outra coisa vai acontecendo horizontalmente. O coração vai se abrindo, a compaixão vai aumentando, o amor vai crescendo, a vontade de abrir os braços para incluir todos e tudo vai ficando cada vez maior.
Quanto mais a jornada vertical vai se aprofundando, mais aberta a pessoa fica para a vida. O medo que parecia inabalável, vai perdendo a sua forca, dando espaço para o amor universal.
Quando esta abertura horizontal começa, o processo exige que os braços sejam abertos para receber a humanidade, o universo, os planetas, as plantas, as montanhas, os animais neste abraço gigantesco. O sentimento de conexão e real e profundo.
De repente, no meio desta jornada comecei a entender que o que penso, sinto, faço, afeta a mente coletiva. Estou ciente que tenho muito que caminhar, mas sei também que esta viagem tem um fim.
Sou muito grata ao universo por esta experiência. Para aqueles que começaram a estudar o Curso, ou não, desejo que seus caminhos sejam cheios de luz e alegria.
VIA HARMONIA E PAZ