A LEI DO AMOR

A lei da equivalência de forma determina que para nos aproximarmos do Criador no mundo espiritual, nós só precisamos ser semelhantes a Ele em nossas qualidades.
Que mundo interessante que nós vivemos! Eu e você podemos estar a um metro de distância, falar um com o outro, ver, ouvir, e talvez até cheirar um ao outro. No entanto, eu não tenho idéia sobre o que você está pensando e o que você realmente quer. Eu não sei onde você “realmente” está. Talvez neste mesmo instante você esteja pensando em alguém que vive num lugar diferente, ou mesmo num horário diferente. Talvez você esteja pensando em alguém que viveu e morreu há tempos atrás na Austrália.
É sabido que os amantes levam seu amado onde quer que vão. Sinceramente, as pessoas apaixonadas são as mais chatas para se conversar: elas podem estar com você fisicamente, mas a mente delas estará constantemente com seu amado encantador/ lindo/ maravilhoso/ inteligente (escolha ou acrescente à vontade).
Se, entretanto, você perguntasse quem estava sentado ao meu lado esta manhã, durante a minha viagem de trem para o trabalho, ou quem estava em pé ao meu lado na noite passada quando eu estava na fila para comprar ingressos para o cinema, é quase certo que eu não lembrarei. Isto porque, enquanto esperava na fila, ou viajava no trem, a minha mente vagava por outros lugares, tempos e temas.
Conclusão: A distância ou a proximidade física não significa a nossa distância ou proximidade interior. Nós temos uma vida interior, pensamos, sentimos e imaginamos o que sentimos próximo, o que realmente queremos.

EQUIVALÊNCIA NATURAL
Se olharmos para a lei da equivalência de forma tal como ela opera na natureza, veremos que o que acabo de dizer não é nada novo. Nós só conseguimos detectar o que os nossos instrumentos de percepção conseguem perceber.
Todos nós sabemos que a realidade é composta por muitas freqüências, a maioria das quais não podemos receber, embora elas afetem as nossas vidas. Pegue os raios-x, por exemplo, ou as ondas de rádio. Somente se usarmos o instrumento adequado, que traduz essas ondas com um comprimento adequado para as nossas ferramentas naturais de percepção – olhos, orelhas, nariz, etc. – seremos capazes de detectar essas ondas no ar que nos rodeia.
O que você faria se eu lhe perguntasse o que está sendo transmitido agora na sua rádio favorita? Supondo que você seja uma pessoa de mente sã, você diria que não sabe (a menos que estivesse ouvindo essa estação justamente agora). Mas se você ligar o rádio e mudar para a freqüência de sua estação favorita, você imediatamente saberá a resposta.
Como a rádio “sabe” o que está no ar em sua estação favorita? Não há nenhum rapazinho lá, cantando e conversando para tornar o nosso tempo mais agradável. Em vez disso, a rádio só se ajusta para funcionar num comprimento de onda, numa frequência que existe no ar antes que a tenhamos ligado. Isso nos ajuda a “traduzir” a mensagem que foi criada na rádio a partir de uma mensagem intangível para o comprimento de onda que nossos ouvidos podem receber.

PRÓXIMA E DISTANTE
Quando nós usamos o termo “próximo”, geralmente nos referimos à proximidade de opiniões. Nós gostaríamos de enfatizar a semelhança dos nossos pontos de vista. Se ambos acreditam que certa mudança social é necessária, então os nossos pontos de vista estão próximos. Às vezes, nós usamos esse termo para expressar a quantidade de amor entre nós. Nós pensamos sobre nós dois e queremos que ambos estejam felizes e se sintam bem. Em outras palavras, nos sentimos próximos.
Mas o que é a “proximidade espiritual”?

A EQUIVALÊNCIA DE FORMA ESPIRITUAL
A lei da equivalência de forma também é aplicada no mundo espiritual. Porém, na espiritualidade, não se trata de equivalência de frequências, mas da semelhança e diferença de intenções.
Tudo que é medido no mundo espiritual são intenções e pensamentos. Naturalmente, o homem só pensa em si mesmo e no seu próprio benefício. Mas a intenção da Força Superior, que governa toda a realidade, incluindo as nossas vidas, é só doar, dar. Ela age por amor. Portanto, no reino espiritual há uma oposição de forma entre nós e a Força que governa nossas vidas.
Acontece que, se quisermos conhecer e compreender o comando do mundo, nós também devemos adquirir a qualidade de doação. Enquanto continuarmos pensando apenas em nós mesmos e no nosso benefício pessoal, não saberemos as razões de tudo o que acontece ao nosso redor e dentro de nós, já que continuaremos opostos à Força Superior. Somente se encontrarmos o caminho para ascender à medida da equivalência de forma que devemos alcançar, encontraremos a felicidade e a paz, como dizem nossos sábios, “Como Ele é misericordioso, então vocês são misericordiosos, como Ele é bondoso, então vocês são bondosos”.

FONTE: http://www.kabbalah.info/brazilkab/lei-amor.htm

Michael Laitman – De modo que um coração ame verdadeiramente um inimigo

Rabash, “De Acordo Com O Que É Explicado Sobre ‘Ama O Teu Amigo Como A Ti Mesmo’”: Nossos sábios disseram: “Dispersem os iníquos; melhor para eles e melhor para o mundo”. Em outras palavras, é melhor que eles não existam. No entanto, é o oposto dos justos: “Reúnam os justos; melhor para eles e melhor para o mundo”.

Inicialmente, não havia justos. Os justos são nossas qualidades corrigidas. Em todos os níveis, quando entramos em um novo grau, os antigos justos caem e os novos pecadores se levantam e os transformamos em justos novamente.

“Qual é o significado de“ justo”? São aqueles que querem manter a regra: “Ama o teu amigo como a ti mesmo”. A sua única intenção é sair do amor próprio e assumir uma natureza diferente de amor pelos outros. E embora seja uma Mitzva[mandamento] que deve ser mantida, e que uma pessoa pode forçar-se a manter, o amor ainda é algo que é dado ao coração, e o coração discorda dele por natureza.O que, então, uma pessoa pode fazer para que o amor aos outros toque o coração?”

É impossível. Somente a Luz superior pode fazer tal correção para nós. Isso não está em nosso poder, pois exige duas forças: uma que não é corrigida e outra que é o poder de correção, que não temos. Nem sabemos exatamente como ou o que deve ser corrigido.

É por isso que recebemos as 612 Mitzvot: elas têm o poder de induzir uma sensação no coração. No entanto, uma vez que é contra a natureza, essa sensação é pequena demais para ter a capacidade de manter de fato o amor dos amigos, mesmo que a pessoa tenha uma necessidade disso. Por isso, agora ela deve procurar conselhos sobre como realmente implementá-lo.

O conselho para que a pessoa seja capaz de aumentar sua força na regra “ama teu amigo” é pelo amor dos amigos.

Isso fala sobre o fato de que há doação e também há recepção em prol da doação.

Pergunta: O trabalho nas dezenas, nos workshops e nos estudos é dirigido apenas a uma coisa: atrair a Luz que reforma?

Resposta: Sim, não precisamos de mais nada. A Torá é a Luz superior que corrige nossos desejos egoístas e os transforma em altruísta. A correção de uma intenção egoísta em uma altruística é chamada de observar um mandamento.

De KabTV “a Última Geração”, 18/04/18

Fonte: http://laitman.com.br/2018/11/de-modo-que-o-coracao-ame-verdadeiramente-um-amigo/

OS PUROS DE CORAÇÃO VERÃO A DEUS

“Eis aqui a resposta para a tua busca de paz. Eis aqui a chave do significado em um mundo que parece não fazer sentido. Eis aqui o caminho para a segurança nos perigos aparentes que parecem ameaçar-te a cada esquina, trazendo a incerteza para todas as tuas esperanças de jamais achar a quietude e a paz. Aqui, todas as perguntas são respondidas, aqui está finalmente assegurado o fim de toda incerteza.
A mente que não perdoa é cheia de medo e não oferece espaço ao amor para ser ele mesmo, nenhum lugar onde ele possa estender as suas asas em paz e elevar-se acima do tumulto do mundo. A mente que não perdoa é triste, sem esperança de descanso e de liberar-se da dor. Ela sofre e habita na miséria, espreitando a escuridão sem ver, mas certa do perigo que lá a ronda.
A mente que não perdoa é dilacerada pela dúvida, confusa a respeito de si mesma e de tudo o que vê; medrosa e com raiva, fraca e ameaçadora, com medo de seguir adiante, com medo de ficar; com medo de acordar ou de adormecer ,com medo de qualquer som, todavia com mais medo ainda do silêncio; aterrorizada pela escuridão e no entanto mais aterrorizada ainda com a aproximação da luz. O que pode a mente que não perdoa perceber, senão a sua própria perdição? O que pode a mente que não perdoa perceber, senão a sua própria perdição? O que pode contemplar, senão a prova de que todos os seus pecados são reais?
A mente que não perdoa não vê equívocos, só pecados. Olha para o mundo com olhos que não vêem e grita ao ver as suas próprias projeções erguerem-se para atacar a sua miserável paródia de vida. ela quer viver, mas deseja estar morta. Quer o perdão, mas não vê esperança alguma. Quer escapar, mas não pode conceber nenhuma saída, porque vê o pecado em toda parte.
A mente que não perdoa está em desespero, sem a perspectiva de um futuro que possa lhe oferecer alguma coisa que não seja mais desespero. No entanto, considera o seu julgamento do mundo como irreversível e não vê que ela própria se condenou a esse desespero. Pensa que não pode mudar, pois o que vê dá testemunho de que o seu julgamento é correto. Não pergunta, porque pensa que sabe. Não questiona, pois tem certeza de que está certa.
O perdão é adquirido. Não é inerente à mente que não pode pecar. Como o pecado é uma idéia que ensinaste a ti mesmo, o perdão também tem que ser aprendido por ti, mas com um Professor diferente de ti, Aquele que representa o outro Ser em ti. Através Dele, aprendes a perdoar o ser que pensas que fizeste e a deixá-lo desaparecer. Assim, devolves a tua mente unificada. Àquele Que é o teu Ser e Que jamais pode pecar.
Cada mente que não perdoa te apresenta uma oportunidade para ensinar à tua própria mente como perdoar a si mesma. Cada uma delas espera a liberação do inferno por teu intermédio e se volta para ti implorando-te o Céu aqui e agora. Ela não tem esperança, mas vens a ser a sua esperança. E sendo a sua esperança, vens a ser a tua própria. A mente que não perdoa tem que aprender através do teu perdão que foi salva do inferno. E, ao ensinares a salvação, aprenderás. No entanto, todo o teu ensino e o teu aprendizado não virão de ti, mas do Professor Que te foi dado para mostrar-te o caminho.” (E-pI.121,1-7)

“É possível que isso seja justiça? Deus nada sabe a respeito disso. Mas a justiça Ele conhece e conhece bem. Pois Ele é totalmente justo para com todas as pessoas. A vingança é alheia à Mente de Deus porque Ele conhece a justiça. Ser justo é ser capaz de eqüidade, não sendo vingativo. Eqüidade e vingança são impossíveis, pois cada uma contradiz a outra e nega que ela seja real. É impossível para ti compartilhar a justiça do Espírito Santo com uma mente que é capaz de conceber qualquer especialismo. Entretanto, como pode Ele ser justo se condena um pecador pelos crimes que ele não cometeu, mas pensa que cometeu? E onde estaria a justiça se Ele exigisse daqueles, que estão obcecados com a idéia do castigo, que a pusessem de lado sem ajuda e percebessem que ela não é verdadeira?” (T-25.VIII.5)

Então, Pedro chegou perto de Jesus e lhe perguntou: “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu tenha de perdoá-lo? Até sete vezes?” E Jesus lhe respondeu: “Não te direi até sete vezes; mas, sim, até setenta vezes sete”. A parábola do servo que não perdoou “Portanto, o Reino dos céus pode ser comparado a certo rei, que decidiu acertar contas com seus servos. Quando teve início o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia dez mil talentos. Porém, não tendo o devedor como saldar tal importância, ordenou o seu senhor que fosse vendido ele, sua mulher, seus filhos e tudo quanto possuía, para que a dívida fosse paga. O servo, então, com toda a reverência, prostrou-se diante do rei e lhe implorou: ‘Sê paciente comigo e tudo te pagarei!’ E o senhor daquele servo, teve compaixão dele, perdoou-lhe a dívida e o deixou ir embora livre. Entretanto, saindo aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe estava devendo cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, esbravejando: ‘Paga-me o que me deves!’ Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe suplicava: ‘Sê paciente comigo e tudo te pagarei’. Mas, ele não queria acordo. Ao contrário, foi e mandou lançar seu conservo devedor na prisão, até que toda a dívida fosse saldada. Quando os demais conservos, companheiros dele, viram o que havia ocorrido, ficaram indignados, e foram contar ao rei tudo o que acontecera. Então o rei, chamando aquele servo lhe disse: ‘Servo perverso, perdoei-te de toda aquela dívida atendendo às tuas súplicas. Não devias tu, da mesma maneira, compadecer-te do teu conservo, assim como eu me compadeci de ti?’ E, sentindo-se insultado, o rei entregou aquele servo impiedoso aos carrascos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também o meu Pai celestial vos fará, a cada um, se de todo o coração não perdoardes cada um a seu irmão.” (Mt18:21-35)

O perdão é a única forma que temos de podermos nos abrirmos para a pratica fluente do Grande Mandamento de Jesus (cf. Mt22:34-40; Rm13:8-10) pois a nossa consciência está contaminada pelo sistema de pensamento do ego, onde Paulo em 2Co4:4 fala que é o deus deste presnte século ou era, esse sistema de pensamento baseado em vingança, condenação, julgamento, roubo, destruição, e outros é aquilo que os apóstolos chamam de ‘mundo’ com a qual nós não devemos ter participação. O perdão vai limpando nosso interior e com isso passaremos a ter um entendimento das recomendações de Deus e elas começarão a fazer sentido em nossas vidas, e com essa prática o véu que nos dificulta de ver Deus nas Escrituras, no nosso próximo começam a ser gradualmente removidos, purificando nosso coração (interior) e assim começaremos a viver a bem-aventurança que diz que os puros de coração verão a Deus (Mt5:8), e assim os outros frutos do Espírito agirão em nossa vida, provando para nós mesmos que realmente somos nova criatura em Cristo Jesus.