A importância da pureza da inteligência (Frithjof Schuon)

qualificação intelectual reside muito menos na capacidade — sempre relativa e frequentemente ilusória — de compreender determinadas concepções metafísicas do que na qualidade puramente contemplativa da inteligência; essa qualidade implica a ausência de elementos passionais, não no homem, mas em seu espírito [Nota do editor: esprit, em francês, significa aqui o “pensamento”]. A pureza da inteligência é infinitamente mais importante do que sua capacidade efetiva: “Bem-aventurados os que têm o coração puro”, disse Cristo, e não: “aqueles que são inteligentes”.

O “coração” significa o intelecto, e por extensão a essência individual, a tendência fundamental, do homem; nos dois sentidos, ele é o centro do ser humano.

(Schuon, Perspectives Spirituelles et Faits Humains, 1989, p. 102.)

FONTE: FRITHJOF SCHUON

“QUEM VIVE NA ORAÇÃO…” (FRITHJOF SCHUON)

“QUEM VIVE NA ORAÇÃO…” (FRITHJOF SCHUON)

“O homem ora, e a oração molda o homem. O santo tornou-se ele próprio oração, lugar de encontro entre a terra e o Céu; ele contém, com isso, o universo, e o universo ora com ele. Ele está em toda parte em que a natureza ora, ele ora com ela e nela: nos picos que tocam o vazio e a eternidade, numa flor que espalha suas pétalas, ou no canto perdido de uma pássaro. Quem vive na oração, não viveu em vão.”

[Frithjof Schuon, Perspectives spirituelles et faits humains, 1953, p. 287.]

Fonte: Frithjof Schuon

FRITHJOF SCHUON – A HUMANIDADE DE HOJE NÃO TEM DISCERNIMENTO ESPIRITUAL

“Antigamente, o príncipe das trevas combatia as religiões sobretudo desde fora, fazendo-se abstração da natureza pecadora dos homens; em nossa época, ele acrescenta a essa luta um estratagema novo, ao menos quanto à acentuação, o qual consiste em apoderar-se das religiões desde dentro; e ele já conseguiu isso em grande parte, tanto no mundo do Judaísmo e do Cristianismo quanto no do Islã. Isso nem mesmo lhe é difícil — usar do engodo seria quase um luxo inútil —, dada a prodigiosa falta de discernimento que caracteriza a humanidade de nossa época; uma humanidade que tende cada vez mais a substituir a inteligência pela psicologia e o objetivo pelo subjetivo, e até mesmo a verdade por ‘nosso tempo’.”

Frithjof Schuon, Christianisme/Islam – Vision d’Oecuménisme ésoterique, Archè, Milano, 1981, p. 78. #frithjofschuon #sophiaperennis

Fonte: Frithjof Schuon