AMOR SEM LIMITES – 37. Dá-me teu coração

AMOR SEM LIMITES – 37. Dá-me teu coração


Então, Senhor, é isso? Verdadeiramente, é isso? É somente isso? Aqui estão toda a Lei e os Profetas? Amar de todo o coração… Amar aquele que nos amou primeiro; amar tudo o que ele ama, todos os homens, todas as mulheres, todas as criaturas…?
Sim, meu filho, é isso e… é tudo. Todo o “resto” vale apenas como expressão, aplicação – sob tantas formas diversas – deste impulso inicial que é meu amor sem limites.
Aqui está o critério de todo bom pensamento, de toda boa palavra, de toda boa ação. Quando admites tal pensamento, quando pronuncias tal palavra, quando cumpres tal ato, podes dizer que amas com todo o teu coração?
Eu não de digo, meu filho: “É fácil”. O filtro é rigoroso.
Mas digo: «É simples. É tão simples!» É uma questão de integridade.
Trata-se de oferecer ao amor o teu coração inteiro.
Um coração que se pode dizer que é puro como se diz de um vinho puro. Um coração sem divisão, sem mistura, sem partição.
Fala-se, frequentementede de pureza, de castidade em sentido negativo, o que reduz tudo a uma questão de abstenção. Mas um coração verdadeiramente puro, verdadeiramente casto é um coração inteiro, integrado, sem fissura, que se oferece ao amor – a Deus e aos homens – totalmente, em sua “integridade”.
A essência do pecado contra a pureza, meu filho, é oferecer ou parecer oferecer a Deus, a um homem, a uma mulher, um amor forjado, um amor que não é ou não pode ser integral, um coração que não é unificado.
Meu filho, no princípio houve, sempre haverá um coração… um coração que não cessa de bater por ti. Queres me dar o teu coração?
Os transplantes de coração que em nossos dias foram possíveis, são o sinal maravilhoso de uma realidade espiritual. Entregar o coração a outro, receber o coração de outro… É a parábola do triunfo do amor sem limites. Mas ainda é necessário que todo o organismo esteja preparado para receber o novo coração.
Dá-me teu coração. Meu filho, o universo inteiro grita assim para mim. Esse grito é todo o sofrimento humano, toda abertura humana de boa vontade, todas as convulsões humanas que precisam que as compreendas, que intercedas, por indigno que sejas. Não ouves esse grande grito?
Dá-me teu coração. Tu, porém, também me pedeus meu coração. Se me ofereces teu coração, farei que possa bater juntamente com o meu por todos e para todos.
Meu filho, recebe esta palavra e bebe no cálice: com todo o coração, com meu coração.

FONTE: ECCLESIA

Deixe um comentário