A Vinda de Cristo para consciência humana (Joel S. Goldsmith)

A Vinda de Cristo para consciência humana
Joel S. Goldsmith

O Cristo, esta grande Verdade, chega à sua consciência humana. Dizem que o Cristo nasceu em uma manjedoura, mas aquela manjedoura é a sua consciência humana. O que acontece, então, com a sua consciência humana? Começa a ser dissipada. Torna-se volatilizada. Este Cristo, esta grande Verdade da Infinita Presença e Poder, vem até você, enquanto você ainda está dependendo do “homem, cuja respiração está em suas narinas”. Ele vem para você, enquanto você ainda está dependendo do governo e organização humanos. Ele chega até você em algum grau, enquanto você depende de dólares e investimentos, e em algum grau, enquanto você ainda está dependendo da medicina. Vem para você e diz “mantenha-me um pouco, e observe essas outras coisas desaparecem. Então, logo você me amará por Mim Mesmo, e não pelos pães e peixes”.
Às vezes, quando esse Cristo vem à nossa Consciência, temos que levá-lo “para o Egito”. Temos que escondê-lo. Todos nós temos amigos e parentes que querem colocar as mãos nele. Elas vão tentar nos mostrar o “erro” em nós mesmos e no mundo. Eles não percebem que nós mudamos cerca de noventa por cento do “homem velho” que éramos, e que estamos imensamente gratos por isso, tão gratos que podemos ser pacientes para alcançar os dez por cento restantes. Nossos amigos e nossos parentes vêem apenas que não gostamos mais de jogar cartas, ou que não gostamos mais de beber, ou que não nos preocupamos em gastar muito do nosso tempo no cinema. Eles não percebem que chegamos a algo mais elevado e mais satisfatório. Então devemos levar nosso Cristo ao “Egito”. Temos que viver no mundo, mas não sermos dele.
Em alguns casos, devemos nos conformar com os padrões da existência humana, mesmo quando, dentro de nosso próprio Ser, percebemos que esta fase da nossa existência acabou. E assim, nós agradecidamente saímos do “Egito”. Voltamos com o nosso Cristo. Finalmente, nós saímos abertamente com Ele. Mas quando o fazemos, recebemos um grande choque. Nós achamos que estamos em um templo que pensávamos ser terra santa, apenas para encontrar os “vendilhões” lá, e nós dizemos: “o que é isto, do qual eu estive fazendo parte?” E então vem o velho chicote. Isso é um mau negócio, porque estamos recorrendo à força, e mesmo Jesus não conseguiu purificar o templo por meio da força. É verdade que, em anos subseqüentes, algumas tentativas feitas para reformar a igreja tiveram sucesso, mas outras falharam. Nenhuma organização humana – religiosa, política ou comercial – pode ser purificada, a menos que essa purificação venha como resultado da transformação da Consciência daqueles que compõem a organização.
Nenhum negócio tem mais integridade do que a Consciência do homem ou grupo de homens que a possuem. Nenhum presidente em nosso governo trará mais integridade a esse governo do que ele a tem em seu próprio Ser. É o mesmo com a direção da igreja, e Jesus descobriu isso. Ele começou a expulsar os “vendedores”, mas eles voltaram imediatamente. Nós todos passamos por certas fases do trabalho da igreja, e descobrimos que, por um ano, ou talvez por três anos, nossa igreja tem manifestado um bom grau da Realidade Divina, tem mostrado realmente o Princípio pela qual se edificou. Então vem uma nova diretoria, ou um novo líder, e as velhas “situações” estão de volta.
E assim, depois de termos tentado o nosso melhor para purificar o templo, descobrimos que ele não funcionou, então nós saímos do templo e pregamos pelo caminho. Nós pregamos onde quer que nossa voz encontre um ouvinte, seja na beira de estrada, no topo de uma montanha, em um campo ou ao lado do mar. Como Paulo, nós o fazemos, não importa se aos gentios ou aos hebreus. Nós levamos a mensagem a quem ouvir, na esperança de que aqui e ali alguém vai captar a visão. E aprendemos que o Cristo vem apenas para aquela Consciência que está preparada para isso.

Joel – Capítulo 9 – A Vinda do Cristo para consciência humana – Livro: Consciência em Desdobramento.

FONTE: BLOG EU NO CAMINHO INFINITO

Os Efeitos do Cristo (Joel S. Goldsmith)

Os Efeitos do Cristo
Joel S. Goldsmith

O Cristo é sempre uma influência gentil. A partir do momento em que aparece em nossas vidas, perdemos a capacidade de ficarmos demasiadamente zangados ou egoístas. O Cristo é manifestado em uma atitude de gentileza para com aqueles que entramos em contato. O Cristo é o maior sentido de perdão que o mundo jamais conheceu. Essa é a razão pela qual Jesus coloca tanta ênfase em perdoar nossos inimigos, orando por nossos inimigos, perdoando e orando por aqueles que nos usam inoportunamente, perdoando setenta vezes sete, perdoando todos os dias aqueles que o procuram.
O Cristo, uma vez recebido, não pode suportar má vontade, nem ter inimizade ou antagonismo com aqueles que o odeiam. Você se lembra da resposta de Jesus ao ódio humano: “guarda tua espada, porque todos os que tomarem da espada, por ela perecerão. Ninguém pode me destruir ou ferir, desde que Eu Sou a Vida Eterna. Esta é uma oportunidade para provar que alguém ou qualquer coisa que se declare um inimigo da Verdade, um inimigo do Amor, não é um poder. É um balão, pronto para ser furado por uma agulha. Então guarde sua espada. Eu vou provar que eles não podem fazer nada. Aqueles que vivem pela espada perecerão pela espada. Aqueles que acreditam que o erro é tão real que eles devem sair e lutar contra ele e consertá-lo, vão perecer por sua própria crença em um poder e uma presença à parte de Deus. O Cristo sempre diz: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”.
Ao conhecer o Cristo em sua Consciência e, através desse entendimento, você chega a um ponto em que seu espírito crítico não é tão forte quanto antes, seus sentimentos sobre “eu”, “mim” e “meu”, e seus sentimentos sobre as condições e circunstâncias tornarnam-se menos medrosos ou pessoais do que eram antigamente.
O Cristo é uma influência como um fermento. Ele nos transporta dos níveis de consciência material para aqueles níveis que são mais espirituais. Em última instância, Ele nos eleva para aquilo que é o Verdadeiro Espírito. Portanto, está sempre operando em nossa Consciência como uma influência edificante e purificadora. Você pode determinar o grau em que você está absorvendo e respondendo a isso, observando o grau em que você está perdendo seu medo, seu ódio e seu amor pela materialidade, sensualidade, ou densidade em qualquer forma.
O grau do Cristo que se manifesta em nossa Consciência pode ser determinado pelo grau em que estamos perdendo nosso gosto pelo comum e ordinário, e pelo grau em que eleva a nossa Consciência até uma maior apreciação da boa literatura, música, arte, enfim, de todos os aspectos culturais e refinamentos da vida. O Cristo sempre se traduz para a nossa Consciência, em termos de melhoria da indole humana. É por isso que o Cristo se interpretou como pães e peixes para os cinco mil. É por isso que o Cristo se manifestou em curas físicas, mentais e morais.
O Cristo sempre se interpreta em termos de um melhor estado humano de ser – como individual e mais elevada demonstração de bem. Você pode geralmente dizer em que grau o Cristo está operando em sua consciência pelo grau de melhoria da saúde que você está experimentando, o aumento da sensação de suprimento, e o aumento do sentido de melhores relações humanas. Se seus amigos, seus parentes e seu empregador ou funcionários vêem você como uma pessoa melhor, o Cristo está sendo manifestado de forma visível em sua experiência. Podemos marcar o nosso próprio progresso neste caminho pelo grau de melhoria do senso de vida que estamos mostrando, pelo grau de uma sensação melhorada de prazeres, passatempos, e leituras estamos desfrutando.
O Cristo, embora invisível e até intangível ao sentido humano, é muito evidente em efeito, e como efeito… Podemos aprender conscientemente a alimentar e conhecer o Cristo, e uma coisa é certa, conheceremos sua Presença pelos resultados – e os resultados sempre serão bons. Não existe nada como manter o Cristo na Consciência e não mostrar os frutos dele. Se o os frutos não estão lá, então o Cristo não está lá, mesmo que você pense que está. Embora você possa pensar que você está fazendo um esforço, seu esforço ainda não foi bem sucedido.
Você pode estar a caminho, ou você pode ter confundido o caminho e ter que refazer seus passos e aprender onde falhou. Por quê? Porque a Presença do Cristo é manifestada como a presença de melhores condições em nossa experiência individual, e isso nunca falha.
É este Cristo que se tornou a Consciência de Saulo de Tarso, e ainda assim levou ainda nove anos antes de ele surgir como sua Consciência de Cristo para viajar, palestrar, pregar e curar. Assim, também, a entrada do Cristo em nossa Consciência pode não se manifestar no dia seguinte, em condições humanas perfeitas. Pode haver esse período de reajuste, quando o Cristo está ativo e operando na Consciência, e está gradualmente superando os medos dos sentidos, os ódios dos sentidos, as personalidades dos sentidos – as discórdias pessoais da mente, do corpo e da moral.
O Cristo é muito real. No momento em que o toca, você está ciente disso. Pode vir, como para muitos, em um flash cegante, ou pode vir como fez a João, como um desdobramento gradual do Cristo na Consciência, um desdobramento gradual do Pensamento e da Luz da Verdade, manifesto como Visão Espiritual ou Apreensão Espiritual.
João tão claramente recebeu o Cristo, e manteve o Cristo, que, quando ele olhou para o universo, ele viu o Templo de Deus “não feito com as mãos”. Ele viu as realidades divinas do Ser. Ele viu a Criação de Deus, e ele sabia que não havia “nenhuma noite lá”. Não havia pecados, doenças e nem havia morte. Tudo isso foi superado pelo discernimento do Cristo em sua Consciência.
Ele olhou para fora e viu um mundo “aqui fora” de repente se tornar perfeito? Não! Toda a história do mundo mostra que não existe tal coisa como um mundo que alcançou a perfeição, em nenhum momento. Portanto, nem você nem eu seremos capazes de olhar e dizer: “o mundo se tornou perfeito”. E veremos o universo perfeito apenas como uma extensão, como uma atividade de nossa própria Consciência. Será nossa própria Consciência que será o templo não “feito com as mãos”, em que não haverá estrutura material, e na qual tenhamos realizado o corpo espiritual, o lar espiritual e o casamento espiritual. Tudo estará acontecendo em nossa Consciência. O único efeito sobre o mundo será que aquela parte do mundo que pode nos ver e nos entender, que participará em alguma medida dessa mesma visão.
Se você puder captar ao menos um pequeno grão do fato, da verdade de que sua própria Consciência é Deus aparecendo como sua Consciência Individual, você começará a discernir o templo não “feito com as mãos” em sua Consciência. Você começará a ver que Deus é realmente sua Mente e sua Alma. Você também verá o Cristo, porque a sua Consciência, que é Deus, se manifestará a você como um mundo não “feito por mãos”, um mundo eterno em sua Consciência. E quando isso chegar a você, você terá um universo que nunca será tirado de você – uma casa, uma esposa, um marido, uma criança e suprimentos que você nunca poderá perder, porque será sua própria Consciência aparecendo como forma.

Essa única declaração: Deus é a sua própria Consciência – se você puder entender um pouquinho dessa declaração, você tem o Cristo bem nas suas mãos.

Você tem todo o segredo de viver em sua mãos, quando você sabe que todos são Mente ou Consciência atraídos por você na forma; Até eu dizer-lhe isto agora é o seu próprio desenvolvimento espiritual manifestado na forma de um homem. Todo o mundo da Verdade está incorporado nessas poucas palavras! Só requer discernimento, visão interna, um desenvolvimento do Sentido Espiritual, para ver que, quando você fecha os olhos e diz “Eu”, você está dizendo “Deus”:
Deus criou esse universo e Deus aparece para mim como as formas necessárias ao meu desenvolvimento. Minha Unidade com Deus constitui minha Unidade com toda Idéia Espiritual. Não faz diferença onde essa ideia está neste momento. Minha Unidade com toda Idéia Espiritual é parte da Lei Espiritual que neste momento aparece para mim, então minha realização está nela.

Joel – Capítulo 9 – Os Efeitos do Cristo – Livro: Consciência em Desdobramento

FONTE: BLOG EU NO CAMINHO INFINITO

Compreendendo a natureza do problema como SUGESTÃO HIPNÓTICA ou APARÊNCIA (Lorraine Sinkler)

Por Lorraine Sinkler

Mesmo com dedicada prática, talvez não tenhamos atingido a união consciente com a Fonte de nosso ser. Um motivo deve haver, e este é o seguinte: estamos diante de Deus e do problema. Estamos, no fundo, tentando ver se Deus já atuou no caso. Apesar de muitos se acharem avançados demais para cair numa armadilha como esta, o fato é que acabam esperando que alguma situação desagradável comece a melhorar.
Isto nos leva ao mais importante dos princípios de cura. Devido à infinidade e bondade de Deus, a natureza do problema deve ser uma “aparência”, uma “sugestão”, uma “crença hipnótica”, uma errônea compreensão a respeito da bondade eterna de Deus.
Há vários tipos de aparências. Uma delas é a que nos faz pensar que estamos parados, embora a Terra esteja girando velozmente em torno de seu eixo. Uma aparência não traduz o que verdadeiramente É. Na cura espiritual, o problema deve ser entendido como uma aparência ou sugestão, e uma sugestão jamais faz a coisa ser real. Qualquer palavra que nos dê ideia de que o problema é inexistência passa a ser valiosa. A palavra “tentação” pode servir para descrever a crença universal de que possamos estar separados de Deus, com vida própria, e que possa existir algo que nos cause dor e sofrimento. Na verdade, há somente uma Substância, uma Vida, um Ser. A tentação que nos chega, é no sentido de nos fazer crer na existência de algo além de Deus no centro de nosso ser, o próprio EU que nós somos.
Jesus assim reagia às sugestões que lhe vinham: “Afasta-te, Satanás!”, ou seja, “afaste-se, tentação! Nada me levará a crer na existência de algum poder ou vida ao lado do Uno!”.
“Hipnotismo” é outra palavra útil. O hipnotismo jamais cria algo real. Suponha que eu fosse hipnotizado para acreditar que um tigre estivesse entrando na sala. Que faria? Provavelmente sairia correndo o mais rápido possível! E aqueles não hipnotizados iriam dizer: “Que deu nele?” O fato de estar hipnotizado para ver um tigre não criaria um deles no local. O hipnotismo apenas criaria uma impressão, uma sugestão de algo que não existe realmente.
Como seres humanos, estamos hipnotizados pela crença no bem e no mal, atuando sob a hipnose do mundo das aparências. Entretanto, tudo o que vemos tem por substância o hipnotismo, mero conceito ou imagem mental, que apenas tem “substância” na mente.
A mente que aceita dois poderes é chamada de mente carnal, ou mente humana universal. Já a mente preenchida pela Verdade é clara transparência para o Universo espiritual, revelando o Corpo espiritual na plenitude de sua perfeição e o Universo em sua essência espiritual. A mente carnal constantemente julga e avalia em termos de quadros ou imagens mentais e nunca em termos de Realidade. Ela reconhece somente um conceito do Universo e do Corpo espiritual perfeitos, que jamais necessitam de melhorias ou de curas.
Já somos o SER PERFEITO que não necessita de cura. Basta afastarmos o que esconde esta perfeição, para que a chamada “cura” apareça. Mas ela não se dará enquanto estivermos acreditando que teremos de modificar alguma coisa. Cabe a nós perceber aquilo como “aparência”, que dispensa qualquer modificação, bastando-nos olhar além dela.
Para isso, devemos eliminar as crenças que nublam a mente, nutrindo-a com a Verdade, com a sabedoria e leituras espirituais. Os conceitos passam a ruir, a mente se torna bem transparente e o Verbo flui do interior para “se tornar carne” em nossa vida.
O corpo que vemos é uma formação mental; não é corpo sólido de carne e osso, mas uma formação mental de conceitos. Exatamente onde aparenta estar um corpo físico, existe o Corpo espiritual. O conceito material de corpo é um quadro na mente, o que explica porque nunca estamos lidando com condições físicas. O que aparece como condição física é, de fato, formação mental: um quadro que se apaga pela transformação de nossa mente.
Frente a uma suposta doença mortal, não é fácil serenarmos a mente para atingirmos a paz na meditação. Porém, assim que for reconhecido que aquilo é uma imagem mental, formada mentalmente, tendo em vista que “matéria é formação da mente”, tornamo-nos aptos a permanecer sentados para discernir a presença real do Universo e do Corpo espirituais, exatamente aqui e agora.
Podemos desenvolver um estado de consciência em que ficamos imunes a todos os males do mundo. Contudo, isto só nos será possível da seguinte forma: vendo os problemas pelo que realmente são. Que são eles? São a “mente carnal”, imagens mentais que desfilam diante de nós. Há somente uma “mente carnal”, razão pela qual todos vemos coletivamente o mesmo quadro. A Unidade é um princípio que jamais pode ser esquecido. Existe uma só Consciência; e, na realidade, existe apenas uma mente, que atua como instrumento da Consciência única. Na crença, contudo, há a aceitação de dois poderes, e esta crença no bem e no mal é o que constitui a chamada “mente carnal”.
Sempre é importante lembrar que estamos diante de simples quadros mentais. A mente gera quadros que aparentam ser matéria sólida; entretanto, jamais estes quadros chegam a alterar a Realidade ali presente. Se as montanhas estiverem encobertas por nuvens, poderiam estas nuvens modificá-las? Jamais! Nuvens, miragens, hipnotismo, ou “mente carnal” – com suas crenças no bem e no mal – nunca chegam a modificar o mínimo que seja da Realidade, por mais que, para nós, estas nuvens, a miragem, ou o hipnotismo, aparentem fortemente ser reais. E continuarão aparentando ser reais enquanto permanecermos no patamar da mente ou da matéria.
Somente quando elevamos nossa consciência ao ponto em que a mente se torna um espelho perfeito é que veremos a Realidade que não necessita de cura. O que vemos com a mente não iluminada é uma percepção equivocada da Realidade divina, a que podemos chamar de “mente carnal”, aparência, sugestão, tentação ou hipnotismo.
Há uma grande diferença entre acreditar que algo seja real e aquilo ser real de fato. O hipnotismo jamais cria alguma coisa ou condição. Eis por que se torna importante que rapidamente, diante de um problema, seja reconhecido que sua única “substância” é hipnotismo ou aparência. Devido ao hipnotismo universal, acabamos aceitando a crença em doença. Não sejamos, contudo, tolos a ponto de acreditar que o hipnotismo cria mesmo uma doença! Não cria! Repito: o hipnotismo jamais cria alguma coisa; ele somente gera uma “crença” de que aquilo existe. Jamais o hipnotismo modifica o Universo espiritual e a criação espiritual (Realidade). Nunca ele modifica a Unidade; nunca ele cria uma dualidade.
Alcançaremos um estágio em que deixaremos de pensar em tratar uma condição ou o corpo de alguém. Instantaneamente reconheceremos ser aquilo a “mente carnal”, aparência ou hipnotismo. Quando cessa o hipnotismo, cessa também todo o conceito material de mundo –este conceito de mundo material ou de corpo físico é dissipado.
Nunca tratamos de uma condição: tratamos de um hipnotismo. O hipnotismo é a “substância” do problema. Conscientes disso, ficamos repousados na percepção de que jamais o hipnotismo cria coisa alguma. Nosso trabalho é reconhecer que, como Deus, o Ser infinito, está aparecendo como Ser individual, não existe pessoa passível de ser hipnotizada, e esta Verdade inclui o nosso Ser. Assim, eu não posso ser hipnotizado; não existe mente que acredite em dois poderes: a mente única que existe, é instrumento puro de Deus.
Um motivo pelo qual muitos fracassam na cura é que tentam mudar uma condição, como se ela fosse real, em vez de discernirem que ela é um falso conceito mental da Realidade ali presente. O hipnotismo é a “substância” de todos os males que afligem o mundo. É vitalmente importante lembrarmos que o hipnotismo não cria uma coisa, mas cria somente a tentação de nos fazer crer na existência de uma condição ou um poder além de Deus.
O mundo da Realidade divina está aqui e agora. A pessoa da Realidade divina está aqui e agora. O que vemos, com os sentidos humanos, é o mundo de conceitos, o mundo hipnótico. Não é ele, em absoluto, o mundo da criação de Deus. Se um quadro for visto através de vidro fosco, mostrar-se-á distorcido; porém, quando o vidro for transparente, a Harmonia divina sempre-existente conseguirá ser observada através dele. Para atingirmos a consciência deste princípio, precisamos de um treinamento para “ver através ou além da aparência”, lembrando sempre que não existe pessoa a ser mudada nem condição a ser modificada. Precisamos ser aquele que é não-hipnotizado. Uma pessoa não hipnotizada, firmada no princípio de que DEUS É TUDO, E NADA MAIS EXISTE, pode retirar um grupo de pessoas do hipnotismo.
Como poderia haver união consciente com Deus, quando a máscara da crença universal se interpõe entre Deus e você? Isto é possível através do reconhecimento de que este “mundo de aparências” é hipnotismo; assim, passamos a ver, através da máscara, o Coração do Universo do Espírito.
Somos um com o Pai, e nessa Unidade reconhecemos somente um Eu, uma Vida. Transcendendo o hipnotismo, observamos a glória do Universo de Deus.
Tudo que é conhecido pelos cinco sentidos físicos não passa de uma forma de hipnotismo. O real, o eterno, a criação divina, que é a própria expressão de Deus, somente pode ser conhecido através do discernimento espiritual. Quando nossos olhos se abrem para a Realidade divina, ficamos conscientes de que não há pessoas nem condições que necessitem de cura ou mudança.
Toda condição negativa é uma “tentação” para que aceitemos algum poder apartado do Poder de Deus. Cada problema é um ponto a nos fazer recordar que vivemos no Universo espiritual, perfeito e pleno. Se algo inferior estiver sendo reconhecido, significa que ficamos hipnotizados; e assim, temos por incumbência despertar, para vivermos constante e continuamente na atmosfera do amor, da paz e da plenitude do Reino interior.
Este trabalho contínuo de encararmos cada problema como hipnotismo, um “nada”, um “não-poder” ou “não-substância”, nos conduz à Consciência mística da Unidade, em que não existe “Deus e”, mas que existe somente Deus: Deus aparecendo como ser individual, e Deus aparecendo como Universo espiritual.
O Universo espiritual, feito da Substância do Espírito, formado pela Consciência e mantido pela Lei espiritual, está exatamente AQUI. Neste Universo espiritual não existe doença, não existe falta ou limitação, não existe infelicidade ou discórdia, nem tampouco ser algum para ser curado ou modificado. Há somente o Reino da Divina Harmonia e Paz, que a tudo permeia, sem distúrbio de qualquer natureza,
Aceitemos ou não, o fato é que estamos neste Universo espiritual neste instante. Não temos de ir a algum lugar para encontrá-Lo. Ele está exatamente aqui, onde nós estamos. Portanto, assim deve ser a nossa oração:
“Pai, que meus olhos sejam abertos, permitindo-me ver e contemplar este Universo espiritual! Revele-me a Sua Glória, aqui e agora. Não permita que eu tente modificar este Universo! Deixe-me somente contemplá-Lo”.
O Caminho espiritual não se reduz a meditações de dez ou vinte minutos, em que há o reconhecimento do único Poder e única Presença, enquanto saímos pelo mundo esquecidos dessa Unidade pelo resto do dia. Este Caminho é o do reconhecimento constante da Presença de Deus onde quer que estejamos, o que nos requer um estado de alerta a cada segundo.
Pela prática constante destes princípios, eles se tornarão parte de nossa consciência de tal forma, que jamais poderemos ser convencidos da existência de algum outro poder ao lado daquele Poder único.

FONTE: BLOG TEMPLO DOS ILUMINADOS